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UCRÂNIA – PARTE 1

Gente - Viagens - 09/10/2023
UCRÂNIA – PARTE 1

#UCRANIA2023 – PARTE 1

UCRÂNIA ?

Eu tenho paixão por conhecer lugares novos, aprender com as pessoas e conviver no cotidiano de comunidades fora dos grandes eixos. Já rodei de moto por mais de 120 países com esse viés.

Estive no Sudão em plena crise de Darfur. Estive no norte da Mauritânia com os soldados da Frente Polisario. E ambas foram das melhores experiências que tive. Nesses ambientes a realidade costuma ser completamente diferente do que se imagina.

Apesar da imensa cobertura pela imprensa, não se fala nada sobre a vida das pessoas, sobre expectativas ou sobre o cotidiano durante a guerra.

Além do mais, a Ucrânia era uma das poucas ex-repúblicas soviéticas que eu não conhecia.

Isso tudo somado me motivou a pegar a moto que tenho em Londres e seguir para a Ucrânia.

Fui com minha Honda CRF300l Rally, a mesma com a qual rodei 25.000 km pela minha TransAfrica o ano passado. Não é a moto perfeita para a Europa e Ucrânia, mas é a que tenho e que confio 100%.

ENTRANDO NA UCRÂNIA

Fui atrás de informações para saber sobre documentação, autorizações etc… Tudo surpreendentemente simples, mas sabendo que, desde o início da guerra, 14 milhões de pessoas saíram em direção à Polônia e 12 milhões voltaram no outro sentido, era óbvio que a travessia de fronteira tinha tudo para ser um caos.

Optei por atravessar por Krościenko, no sul da Polônia, uma minúscula fronteira no meio das montanhas e acessível só por estradinhas vicinais. Acertei na mosca! Nada de ônibus ou caminhões. Madruguei e quando cheguei só tinha eu e mais alguns poucos carros. Documentação ok, algumas perguntas obvias, dada a situação e lá estava eu, em poucos minutos, já acelerando a moto em solo ucraniano.

Estradinha gostosa, cortando pequenas vilas em plena região agrícola. Asfalto decente e boa infraestrutura. Cheguei em Lviv em pouco mais de uma hora.

Parando a moto em frente à minha hospedagem, ouvi meu primeiro alarme de ataque aéreo.

Apesar de Lviv ser a grande cidade mais ao leste do país, totalmente distante das atuais áreas em conflito, alguns dias antes, um míssil atingiu o subúrbio da cidade. Não houve mortos, mas várias casas foram destruídas junto com uma fábrica.

Evidentemente que tudo isso rondava minha mente nos segundos em que eu me perguntava o que deveria fazer. Uma moça veio me avisar enfaticamente para ficar tranquilo que nada iria acontecer. Vida que segue…

Para a próxima parte, siga @_marcelo_leite_

Saiba mais em www.dwq.com.br/blog

Marcelo Leite
Marcelo Leite

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