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Como é rodar de moto pelo Tibet?

Viagens - 30/10/2021
Como é rodar de moto pelo Tibet?

COMO É, RODAR DE MOTO PELO TOPO DO MUNDO?

TIBETE, EVEREST E NEPAL!

Todo mundo já viu e ouviu maravilhas sobre o Tibete. Filmes, livros, reportagens, etc…

É a região mais alta do mundo com uma média de 4.500 metros acima do mar. É de lá que se chega ao Monte Everest, a montanha mais alta do mundo com seus incríveis 8.848 metros.

O Tibete é também lembrado por sua cultura milenar e pela intensidade sempre presente do budismo tibetano e seus monges. E claro, a figura emblemática do Dalai Lama, o líder máximo religioso.

O Tibete consegue ser extraordinário pela sua natureza brutal, pela sua história e pela sua cultura milenar! Por tudo isso, o Tibete tornou-se um destino desejado por muitos de turistas mundo afora.

Complexidade

O Tibete não é um país. É uma província autônoma da China. Nos últimos anos o turismo tem sido incentivado, mas é preciso estar atento às autorizações necessárias para visitar a região. O acompanhamento por um guia certificado é obrigatório. Algumas áreas, como por exemplo, o Campo Base do Everest, exigem autorizações especificas. Nunca foi trivial resolver as questões logísticas e regulatórias, mas agora tudo isso está bem equacionado.

Motos

Só de imaginar rodar de moto pelas montanhas do Tibete, subir até o pé do Everest e explorar os cantos escondidos e a área rural, deixa qualquer motociclista sonhando. São necessárias algumas papeladas adicionais, mas o Tibete de moto é impagável! Com certeza uma das melhores experiências de moto do mundo.

Nós vamos com as modernas Honda CRF250l, perfeitas para esse tipo de jornada.

Katmandu

Nosso ponto de partida é Katmandu, a capital do Nepal. Referência para os budistas, mas de maioria hindu, a cidade é um verdadeiro caldeirão cultural, misturando cores, sabores e gente diferente em um aparente caos. É um lugar gostoso que virou meca mundial do turismo de montanha.

Rodando

Pegamos as motos em Katmandu e já partimos em direção à fronteira Tibetana. É um trecho de montanha sem asfalto e o posto de fronteira fica em uma área bem isolada, descampada e de vento forte.

Campos tibetanos

Logo depois da fronteira, descemos para pegar as primeiras estradinhas da área rural tibetana. A paisagem é de cinema. As famílias com suas roupas coloridas trabalhando juntas no campo, as casinhas de pedra, os pequenos vilarejos. Impossível não parar várias vezes. Um mundo todo diferente, mas acolhedor. O contato com o pessoal local é sempre extremamente caloroso.

Lhasa, a linda capital Tibetana

Poucos dias depois, chegamos a Lhasa, a famosa capital tibetana. Ela é toda linda com sua arquitetura típica, grandes praças e seus monges por todos os lados. Há quase uma “disputa” entre a vida tradicional com seus rituais e a vida de uma grande cidade.

Logo de início vamos nos acostumando com o jeitão dos tibetanos. Eles são brincalhões, sempre de bem com a vida e não pensam duas vezes em nos ajudar no que for preciso.

Tem muita coisa bonita como os mercados e as lojas coloridas, mas o cartão postal de Lhasa é o maravilhoso Palácio Potala. É enorme, em cima de uma montanha, com domínio de toda a cidade, imponente e realmente lindo. Ele foi a sede religiosa e política do Tibete por séculos. Ali moravam os Dalai Lama e lá estão sepultados os últimos 14 deles. O palácio foi sendo construído por vários anexos durante séculos. Os grandes palácios mundo afora, costumam representar um período especifico de cada lugar, como um marco, uma “foto” de um momento da história local. O Palácio Potala, ao contrário, é a junção de vários anexos, cada um marcando um momento particular da história do Tibete. E assim foi sendo construído por séculos. Não é uma “foto”, é um “filme” da história tibetana. Simplesmente imperdível!

Montanhas

Quase todo final de dia chegamos a pequenas cidades relativamente bem estruturadas, o que nos permitiu sempre ficar em hotéis simples, mas confortáveis.

Nos dias seguintes seguimos cortando por estradinhas deliciosas pelas montanhas. Paramos em diversos monastérios, um mais incrível que o outro. Tivemos sorte de presenciar algumas procissões com os monges tibetanos. O ambiente de fé e mistério é indescritível. Cantos, cores, fumaça e devoção total. É impossível não se envolver, não se emocionar. Nos sentimos pequenos diante e tanta grandiosidade. O monastério de Sakya, em particular, está agora entre meus lugares prediletos. É preciso viver isso tudo.

À medida que vamos subindo, vamos encontrando cada vez mais rebanhos de Iaques, alguns disputando as estradas conosco, outros vagando em toda paz pelos vales tibetanos. Eles parecem búfalos com pelagem longa. É do leite de laque que são feitas a manteiga e queijo tibetanos. Gostoso e diferente. A carne é das melhores e faz parte da culinária local.

Os lagos não parecem reais. Espremidos por paredões de montanha exibem suas águas azul turquesa como em nenhum lugar.

Dia após dia vamos nos acostumando com as estradinhas de montanhas, com a comida, com as paradinhas para comer com as famílias tibetanas, com os rebanhos e com os picos absurdos.

O Everest

Chegamos ao portal do Parque Nacional do Everest. Estamos a 5.000 m acima do nível do mar. Com as nuvens desfilando em nosso nível e o vento uivando, o majestoso Everest se exibe bem na nossa frente. Por pouco tempo, como se fosse um convite, quase uma provocação para seguirmos adiante. E assim fizemos. Descemos em zig zagues infinitos. Subimos de novo rodando a 5.300m. Sem ninguém, tudo só nosso. A melhor parte do Himalaia com alguns picos acima de 8.000 m, como o Everest e o Anapurna, de pano de fundo. Curvas longas, curtas, com certeza as melhores do mundo.

Paramos… Cada um querendo falar mais que o outro. Ansiedade, felicidade, excitação. Não há o que dizer, estamos todos de boca aberta, precisando compartilhar com os outros para ter certeza que isso é mesmo real.

Adrenalina a mil no topo do mundo!

Chegamos ao final da estradinha do parque. Do lado esquerdo o Monastério de Rongbuk, o mais alto do mundo. Do lado direito a pequena pousada oferecida pelos monges. Alguns metros adiante, uma área aberta, paredes de montanhas nas laterais, e bem em frente, na nossa cara… O Everest ao vivo. Só para a gente. Pico branco de 8.848 metros. O cume do mundo. Nosso! Estamos a 5.200m. Deixamos as motos.

Caminhamos com dificuldade, ofegantes, sem energia. Falta oxigênio. Sobra adrenalina. Ouvimos nossa própria respiração a cada passo. Venta forte. Chegamos à pedra que marca o Campo Base do Everest. Olhamos pelos lados. É daqui que saem os que vão escalar a mais alta montanha do mundo. É aqui que eles acampam para se aclimatar. Mas estamos em outra temporada. Isso agora é todo nosso. Nos olhamos uns aos outros. Quase incrédulos. A adrenalina explode. Nos abraçamos, uns gritam, uns pulam, enlouquecidos, chegamos! Um marco para cada um de nós. Emoção a mil. Indescritível. Um dos melhores dias da minha vida!

Ficamos na pousada local, ao pé do Campo Base. Acordamos antes de o sol nascer para a gente, mas já iluminando o pico do majestoso Everest. Lembrando que nós estamos a 5.200m e o cume está a 8.848m. Em aproximadamente uma hora, a luz vai se movimentando até estarmos completamente no claro. Imagem inesquecível!

Isso é Tibete. Isso é rodar de moto pelo topo do mundo!

SAIBA COMO PARTICIPAR DESSA EXPERIÊNCIA:

Montamos um roteiro de 14 dias onde você vai poder curtir tudo do melhor do Tibete, ficar em hotéis confortáveis, curtir a cultura local, explorar a natureza incrível e claro, o Everest em uma experiência inesquecível. Serão 2.800 km de Honda CRF250l, com guias e todo suporte para sua segurança e prazer em uma aventura sem igual.

veja aqui como participar

O que é preciso para participar?

  • Experiência compatível com a viagem, seus equipamentos de proteção usuais e claro uma vontade de viver uma experiência excepcional!
  • CNH e Passaporte válidos além dos vistos da China e Nepal.

Marcelo Leite
Marcelo Leite

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