Eu faço viagens mundo afora há décadas. Nos últimos dez em companhia da Beth. Temos clareza do que nos dá prazer, nos move e nos enche a alma. Explorar lugares diferentes e ficar o mais próximo possível das pessoas locais. É o convívio com essa gente que nos enriquece, tudo o resto está em um segundo plano. Com eles, geralmente as experiências são marcantes.

Não conheço melhor forma de fazer o que gostamos sem ser de moto. Não é só por nos levar a lugares mais difíceis e nem pelo imenso prazer de pilotar, mas por nos facilitar o acesso a qualquer comunidade. De moto somos vistos como “frágeis”, não oferecemos perigo e talvez por isso somos sempre recebidos com simpatia e confiança. Conversar por horas com pastores em uma tenda em pleno Saara ou ser hospedado por nômades na Mongólia é fácil. Bem mais difícil é conseguir prosear em Paris ou Londres. Não é a toa que somos apaixonados pela África e por boa parte da Ásia.

É claro que esse tipo de jornada tem sempre seus perrengues, mas superá-los é extremamente prazeroso. Na verdade, uma delícia!

Na “EXPEDIÇÃO 5 CONTINENTES”, na “RAÍZES DO RIO AMAZONAS” e mais recentemente na “TRANSAFRICA” tivemos momentos de alta adrenalina e dias intensos que quase sempre terminam com a enorme sensação de que fizemos valer cada dia.